Monday, March 12, 2012

Outdoors: panfletagem tamanho gigante

Não quero, não me interessa, não necessito… Todo e qualquer outodoor só me causa stress, me impede de ver os prédios, as cúpulas das igrejas, as copas das árvores, as flores, os campos, as montanhas, as lagoas, o céu, as nuvens, etc... tudo o que vale a pena ser visto.

Tanto em Porto Alegre, como na estrada, o outdoor é uma pedra no meu caminho. Vide Estrada do Mar, que deveria ser chamada, na ida, de Estrada do Outdoor, ou Estrada da Poluição Visual, ou ainda Estrada do Stress. Na volta da praia a gente sente o alívio... pois a maioria dos outdoors está virada para o sentido oposto.

Devo ser um ponto fora  da curva normal estatística, mas nunca, nem uma única vez, nenhum anúncio de outdoor se concretizou na compra do serviço ou produto que anunciava. Quando quero algo, vou buscá-lo por mim, na mídia que me apraz, no momento que me convém. Essa propaganda me é imposta, é compulsória; não me perguntaram se eu a quero, se eu pretendo dar-lhe segundos do meu tempo para mirá-la. Criatividade é vender sem jogar nos meus olhos o que não procuro.

E não, não me fazem rir... não, não são criativos... não, não são bonitos.... Ninguém vai a lugar nenhum para ver outdoor.

Há muito ganho monetário em cima da perda da cidade e da população: perda da qualidade de vida. O ganho de alguns não pode ser fruto da perda para milhões.

Quero paz na paisagem, quero ver a cidade, quero ver a natureza. Que todos os outdoors irregulares de Porto Alegre sejam removidos, sem exceção, e não sejam aprovados. Não necessitamos de panfletagem tamanho gigante. Se eu precisar de algo, vou no Google.

1 comment:

  1. Gostei muito das tuas colocações. Além de observações precisas e sensatas, alertam para o grande perigo e imprudência que os outdoors são. Já não apenas representam, eles existem e estão aí para servirem com a finalidade de aumentar o perigo a todos que ao seu redor estão. Parabéns pela publicação, gostei muito, Adri. Bjos. Vera

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